segunda-feira, 13 de julho de 2009

SuperTécnicos

Era o nome do programa em que Milton Neves recebia os comandantes dos principais clubes do Brasil para falar fofocar, rir e, aos poucos, transformar estes treineiros em cientistas-magos da bola.

Muitos dos senhores que iam de terno e gravata ao estúdio da Bandeirantes no começo desta década, hoje estão sem time. Dizem que estudam propostas com calma, especulam procurar o "projeto" perfeito em uma estrutura que lhes dê condições, mas todos estes clichês me parecem maquiar uma nova era do futebol brasileiro.

Não há mais grana pra esses caras. Ou pelo menos toda essa fortuna muito bem recebida por eles.




O consagrado Wanderley Luxemburgo pede aproximadamente um milhão de reais a cada 4 semanas para "cuidar de todo o futebol do clube", levando médico e toda a comissão técnica para o o time rico que lhe paga.

Muricy, coitado, foi campeão dos três últimos campeonatos brasileiros e achou que merecia ganhar em vez de 400, 500 mil no Palmeiras. O presidente Beluzzo, enquanto negociava, também comemorava as vitórias do silencioso e muito barato Jorginho no comando do Verdão. Como bom economista que é, o chefe do Palmeiras já pensa em efetivar o até então interino.

Celso Barros, Horcades e companhia devem ter conversado entre eles em algum almoço, janta, coquetel, chope, ou festinha:

- O Palmeiras dá mole. Se fosse a gente, o Jorginho já tava contratado faz tempo! Paulista é otário mesmo...

E no afã dos fatos e exemplos, não é que o Flu desempregou o Parreira e efetivou o tal de Vinícius Eutrópio?! Nada contra o profissional Vinícius, mas é que... sei lá. Xapralá.

Não, não... a novelinha entre os técnicos ainda não terminou. Vágner Mancini, que conseguiu colocar esse time todo irregular do Santos na final do Paulistão, também foi demitido depois da surra de seis que levou do Vitória.

Muricy, Luxa, Parreira, Mancini... Tite, que ganha mais de 300 mil no Inter pode ser o próximo "supertécnico" superado pela matemática envolvendo salário-resultado, custo & benefício.

Imagino o João Saldanha e o Gentil Cardoso em algum bar no inferno rindo disso tudo entre goles e goles de cachaça:


João: - Pra que essa marra toda desses caras? Terno no gramado?

Gentil (ajeitando sua boina): - Parece que lá embaixo, esse negócio de Igreja Evangélica tomou conta de tudo. A moda entre esses caras é terno mesmo, só não vi bíblia debaixo dos braços de ninguém...

João: Não, Gentil. Eles se acham Deuses, não precisam de bíblia. Pede mais uma rodada pra`quele capeta ali...

1 comentário:

  1. Tá ficando redundante já... Mas não posso evitar. Muito bom, muito bom mesmo! O assunto do momento com a sinceridade que não podemos esperar das grandes mídias. Aliás, não "vou com a cara" de nenhum desses três aí...

    E nem preciso falar nada sobre o diálogo de desfecho, né?

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