Feliz 2010

Passados os gols de Adriano e Pet, as malas negras e brancas, os estádios lotados e desorganizados, as surras dos e nos policiais por todo o Brasil, as brigas no Leblon e em Curitiba, a saga de Fred, Cuca e a garotada da torcida tricolor, o flagra no vício de Jóbson, o peito do Messi e os insuportáveis Prêmios COB-Craque Brasileirão, vamos à 2010.

Estamos na fase mais divertida do Universo Bola, depois desse turbilhão de gols e socos no fim da temporada: É a hora das especulações e contratações para o que vem por aí.

O europeu São Paulo se dedica em assinar contratos de destaques do Brasileirão-09, mas não sei não. Léo Lima não combina com o Morumbi, e vejo o Marcelinho Paraíba muito mais como uam estrela de time médio-fraco, do que solução para equipes de ponta.

O Inter querendo buscar o Nilmar de volta e o Grêmio com mais uma promessa de bom time para 2010.

O Palmeiras-Havilla-Traffic mantém seu balcão de estrelas para compra e venda, atacado e varejo. Não deu certo em 2009, vamos deixar as vendas para a próxima janela e comprar mais, temos caixa. Vem pra cá, Muriqui.

O Santos volta a ser o que sempre foi, um time pequeno. E o Atlético-MG, em sua crise existencial, grande n'arquiba e fraco dentro de campo, vai pagar 1 milhão por mês para o ex-grande técnico Vanderlei Luxemburgo. Não sabe se fingir de ambicioso.

No Rio, o Vasco contrata desconhecidos aos montes e um famoso talento: Dodô. O artilheiro-artista deve fazer um caminhão de gols nesse estadual de Madureiras, Macaés e Resendes.

O Flamengo, já com a nadadora-presidente Patrícia ainda não errou nessa fase de vai-vem. Vendeu muito bem Aírton, segurou os protagonistas Pet, Adriano e Andrade e pensa grande, pensa em Vágner Love.

O Fluminense até este momento só quer saber de roubar as inexpressivas aquisições do Botafogo. Somália e Éwerton não podem ser disputados tanto assim.

Pois cheguemos ao Botafogo.



Vou falar bem baixinho aqui pra ninguém de longe ouvir, pxiiii, chega mais, vou falar: O Botafogo quer contratar o Ronaldinho Gaúcho! Não, boato nada, declaração do próprio presidente Maurício Assumpção. De acordo com o dentista-presida, o Botafogo de Futebol e Regatas entregou nas mãos de Assis (irmão e empresário de Ronaldinho) um projeto (digitado no word, capa dura, tudo direitinho) que vai viabilizar a chegada do astro dentuço ao convívio diário do Engenhão já em 2010. O clube conta com um monte de empresas interessadas em bancar o negócio.

Claro, também acho uma possibilidade impensável por qualquer ponto de vista. Já imaginaram Fahel, Renato Cajá e R. Gaúcho no mesmo meio-campo? E por que ele sairia do Milan? E por que o Botafogo?

Só que acho legal essa loucura, essa notícia que, sim, parece piada. Um time que perde Somália para o Fluminense e não consegue nem contratar aquele zagueiro Antônio Carlos precisa de um fato novo pra movimentar seu torcedor. Precisamos comprar jornal, somos movidos à ilusão.

Ronaldinho Gaúcho é das mais conveninentes ilusões dessa divertida fase de troca, contrata, compra, empresta, especula, declara, não paga, interessa, mais perto, empresário esperto...

Tristeza não tem fim...

Convocações repletas de Afonsos, Sóbis e Dudus Cearenses. Um futebol feio, que custava à vencer qualquer amistoso. Entrevistas que batiam recordes de antipatia. E roupas ridículas á beira do gramado.

Assim engatinhava o professor Dunga como técnico da Seleção da CBF, causando ódio, revolta e piadas do comentarista televisivo mais metido à novo João Saldanha de plantão até o mais popular bêbado do botequim.

Pois conquistada a classificação antecipada para a Copa do Mundo, depois, é claro, de vencer a Copa América e a Copa das Confederações, não achemos que o Capitão do Tetra está com essa bola toda. Dunga ainda é e será muito criticado, independentemente das vitórias. E das roupas.



Na verdade não gostamos nem o odiamos. Nós aceitamos o Dunga e seu jeito mal educado, seus volantes e sua mentalidade pragmática, porque somos justos, mas se pudéssemos, perderíamos mais, venceríamos menos até e nos divertiríamos.

Que graça tem ver um jogo da seleção brasileira com três volantes? Como podemos explicar para os gringos que os craques Alex e Diego não se encaixam no perfil do nosso técnico? Como conceber Felipe Mello como dono do meio-campo brasileiro simplesmente porque se adaptou à esse tal perfil do professor?

Temos uma seleção de força assustadora, e que não deve perder essa Copa na África. Temos um goleiro com superpoderes e uma defesa consistente, e que ganha jogos com o eficiente repertório de jogadas de "bola parada".

Mas e daí?

Vencer de qualquer maneira eu quero é com o meu Botafogo, que sustenta meu dia-a-dia de futebol. Com a seleção, quero me divertir, ver os melhores, sorrir com boas jogadas, golaços etc...

Que tomemos mais gols, ué, futebol é assim. Mas vamos pra cima deles!

Me disseram, e acredito nessas pessoas, que não tão antigamente, os brasileiros se acotovelavam na frente da TV para verem grandes exibições do Brasil. Era uma coisa maior!

Pelos dias de hoje, ganhamos da Argentina, surramos o Chile e parece que ainda temos que ser xingados por nosso técnico.

Porque aquele torcedor chato que não deixou Dunga em paz no alambrado do Estádio de Pituaçu representou milhões de brasileiros, mal acostumados com o futebol bonito apresentado em algum dia por esse time de camisa amarela.

Algum gênio vem aí no Fogão!

Atenção, torcida alvinegra:

- O Botafogo sai em busca de Felipão ou Frank Rijkaard para substituir Ney Franco no comando do time.

Só se for isso para demitirem o atual técnico do Bota.

Porque explicar a demissão de Ney através do pênalti cobrado e perdido por André Lima, se não é desonestidade, então é burrice. Lúcio Flávio liberou o atacante para bater a penalidade, alegando que André estava confiante, em um bom momento na partida, normal. Mas já falam que o técnico foi contrariado, desrespeitado...



Ney Franco tem um elenco pra lá de fraquinho e mesmo assim conseguiu achar um padrão para a equipe. As vitórias não vem, é verdade, mas o treinador tem méritos inegáveis na montagem tática dos 11 titulares.

Descobriu um bom dublê de lateral (Batista), adaptou Eduardo ao lado esquerdo da defesa, soube aproveitar os chutes de Juninho, teve paciência com Lúcio Flávio (que voltou a ser um jogador útil) e começava lentamente a encaixar Jonatas nisso tudo.

Desde o empate com o Atlético-MG no Mineirão, o Botafogo faz boas partidas e na maioria das vezes joga melhor que o adversário.

Vamos ver agora o que Vágner Mancini (a escolha deste tem a cara da diretoria alvinegra) vai fazer com o time. Ver também quanto vai ganhar, quem vai trazer...

Obrigado, Ney Franco. Me desculpe aí a minha diretoria...

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O que acontece com Dagoberto?

O atacante do São Paulo fez neste domingo contra o Goiás uma daquelas partidas para zagueiro adversário ter pesadelos. Dribles, arrancadas e aquele binômio clássico: corte-chute.



Dagoberto tenta cada jogada com uma confiança impressionante, levando a melhor em quase todas as oportunidades.

Como o São Paulo em campeonatos brasileiros, que também não costuma dar mole.

Fica entre Ricardo Gomes e Muricy Ramalho esse título? Já consigo imaginar as matérias e VTs sobre os dois no fim do ano.

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"Adriano voltou ao Flamengo para recuperar seu melhor futebol, conseguir a plenitude técnica e física para aí sim voltar à Seleção Brasileira." Mentira.

Adriano talvez tenha algumas prioridades à frente da bola aqui no Rio, mas não deixem o cara chutar pro gol. É gol.



Depois de uma semana em que o jogador caiu em noitadas consecutivas, vomitou no estacionamento da Gávea e não tinha força nem gritar com seus companheiros, o Flamengo venceu um jogo-chave nesse primeiro turno.

Contra o Corinthians que lhe roubou Ronaldo, em casa e em fase de centenas de questionamentos por parte da torcida.

Pet tem que ser mesmo o titular, certo?

Inter, São Paulo e o Rebaixamento

Não adianta ficar chorando o tchau do Nilmar e o apagão do D'Alessandro. É preciso de time pra seguir na competição.

A formação que ganhou a sul-americana no ano passado e surrou Inter e Juventude no Gauchão já foi.

A insistência em Bolívar na lateral já passou dos limites; infelizmente Taison não é um craque; Sandro não vingou; Kléber é um ex-jogador e Magrão nunca foi um meia ofensivo.

Por isso o novo pacote colorado visando um fim digno ao Inter nesse Brasileirão.



O bom Cléber Santana chega pra ajudar Guiñazu na correria do meio-campo. Edu, ex-Bétis, serve mais para o Andrezinho não se achar um novo Carpegiani, absoluto com a camisa 10. E Cicinho vem aí.

Sim, Cicinho não morreu. O lateral da moda em 2006 está encostado no Roma e, já curado das graves lesões, precisa de uma boa vitrine para... voltar pra Europa.

E ainda tem o Fabiano Eller dando bobeira no Santos. Não é impossível que o boleiro vice-presidente Fernando Carvalho tenha ligado para Eller e lembrado da vitoriosa dupla que fez com Bolívar anos atrás.


Lauro, Cicinho, Bolívar, Eller e Marcelo Cordeiro; Sandro, Guiñazu, Cléber Santana e Andrezinho (Edu), Taison e Alecssandro.

O Inter não morreu.

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Impressionante o São Paulo. A vitória contra o Botafogo foi a quarta seguida, somando já 27 pontos na conta.

O astral é outro, a torcida voltou a acreditar, Dagoberto voltou a marcar gols e jogar bem. "Tudo VOLTOU ao normal" diz o São-Paulino mais arrogante. Arrogante com razão, concordemos.



Pois parece que faltava era tranquilidade e diálogo no tricolor. Qualquer que seja um relacionamento, uma hora se apaga o motivo que une as duas partes e os desgastes só se acumulam.

Ricardo Gomes, com seu jeitão de melhor amigo de todo mundo, vence sem fazer barulho. Brilha e faz seus jogadores brilharem.

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O Fluminense ganhou uma! Ou melhor, goleou... o Sport, novo lanterna com 13 pontos em 17 jornadas.

São dois times que fatalmente serão colegas desse desagradável setor da tabela até o fim da competição.

Chega aí, Riquelme!

Se Riquelme chegar ao Corinthians, será disparado o melhor jogador do futebol brasileiro.

Comandará o meio-campo do time com a habitual maestria e fará de Ronaldo um artilheiro ainda mais artilheiro.

Se tornará um ídolo, mais que Tevez, talvez como um Neto, quase um Sócrates.

Fará gols de falta, passes decisivos, além de inspirar óbvias matérias da nossa criativa imprensa sobre "gringos que brilharam no Corinthians".

Aproveitaremos o sucesso de Juan Roman para bater ainda mais em Maradona, atual desafeto do craque.

Mas não nos esqueçamos. Riquelme é o maior ídolo da história do Boca Juniors, muito bem lembrado pela turma de Vilarreal, pero no es conhecido como um jogador fácil.

Ronaldo + Fiel + Imprensa Paulista + Diretoria do Corinthians + Riquelme = nitroglicerina pura!

Parece que ele está chegando mesmo... Tomara.

Algumas sobre a Rodada

- Obina não está mais magro. Está é mais motivado, feliz, alto astral. No começo do ano, no Fla, o atacante quase fazia uns 4 gols por jogo, mas esbarrava no azar, na falta de paciência da torcida (tá certo) e na ridicularização da imprensa. Imprensa esta que agora começa a olhar com outros olhos para Obina, pois agora é jogador de um futebol sério, eficiente, paulista.

- Na mesma partida, em Presidente Prudente, percebemos um Corinthians já em queda livre. Nem Mano Menezes que é um gênio e inventor do futebol sabe o que fazer quando se perde de uma vez só André Santos, Cristian, Douglas e, durante a partida, Ronaldo. Aliás, o Gordo machucou a mão, porque está gordo, não soube cair.

- Botafogo e Inter fizeram uma partida movimentadíssima, legal de ver. Legal também porque o Fogão venceu em um jogo dominado o tempo inteiro pelo time de Ney Franco. O sistema foi ajustado, Lúcio Flávio levemente recuado, Welintgon é melhor zagueiro que Émerson e André Lima é mais útil que Reinaldo neste momento.

- O Fluminenense, mesmo jogando menos que o Cruzeiro no Maracanã, teve todas as chances do mundo para vencer e deu mole. Renato Gaúcho apostou em um sistema 3-6-1 para combater a boa linha de meio do Cruzeiro, mas deixou isolado demais o jovem Kieza. Este, bom jogador, mas que deverá ser deixado de lado para Roni e Leandro Amaral formarem a dupla de Showbol da Unimed.

- A diretoria do Inter promete manter Tite no cargo, mas a coisa tá feia. Parece que os jogadores correm esperando uma mudança que os sacudam. D'Alessandro fez uma partida inacreditavelmente ruim para o camisa 10 que é.

- O Flamengo venceu mais uma vez com gol de Adriano e agora espera a definição do seu novo professor. A nova diretoria está perdida. Já ligaram pro Mancini oferecendo 80 mil (seria o menor salário de um técnico de time grande no Brasil), Flertaram até com Sérgio Guedes! Enquanto isso, o simpático Andrade tenta repetir o sucesso do Interino Jorginho no Palmeiras.

Um Museu de Grandes Novidades

Empate entre Botafogo e Flamengo, com Lúcio Flávio dando mole.

Vanderlei Luxemburgo assume o Santos pela quarta vez e declara enorme identificação ao clube.

Botafogo e Flamengo em mais um 2 x 2.

Nilmar desperta o interesse de times europeus. O Inter diz que não libera o atacante.

Léo Lima troca de clube mais uma vez. Léo conhecerá as noitadas sertanejas de Goiânia.

Ronaldo e Adriano fazem gols mesmo acima do peso.

O Botafogo tenta a contratação de Dodô.

E Renato Gaúcho acabou de acertar sua volta ao Fluminense.

O futebol usa a cratividade apenas nos dribles e passes, dentro da campo. Fora dele, nos repetimos-imos-imos-imos...

Bom menino...

Se parármos pra pensar em quem foi o melhor da partida ontem no Mineirão, vamos eliminar qualquer jogador do Cruzeiro, ignorar o nada solicitado goleiro do Estudiantes, cogitar o herói Boselli pelo gol e ficar com Verón mesmo.

Seus 34 anos de puro futebol estão nos pés, cabeça e coração.

Com a pelota no gramado, Juan Sebástian ainda consegue dar passes decisivos, de primeira, de direita, de canhota, de trivela... Sua técnica está intacta, talvez mais apurada com o passar do tempo. Tempo que só o fez ter mais preparo para viver uma partida como a de ontem.

Encarar o festejado Cruzeiro em um Mineirão abarratado não seria das mais fáceis missões e Verón tinha o jogo inteiro na cabeça. Roteiro planejado por um atleta que viveu mais futebol do que todos os outros em campo.

Que a pressa não seja argentina nos primeiros minutos de peleja em que a raposa viria de boca aberta e com fome. Uma cotovela carinhosa de revide para intimidar o garoto Ramires, passes curtos, uma caneta sensacional seguida por falta dura do Wágner e lançamentos que mais eram chutões para frente. Lá se vai o primeiro tempo.

No começo da parte final, o gol sofrido exigia calma e caráter para reagir. As pernas já pesada do careca filmado a toda hora conquistaram um drible e o passe descobridor para Cellay, que assistiu Fernández, autor do gol de empate do Estudiantes.

E é claro que o gol de boselli , o do título, também veio do pé direito de Verón. Cruzamento venenoso e forte, na testa do artilheiro argentino. Dos pés nasceram os gols da reação, pois do coração deste camisa 11 se construiu a resistência para suportar vinte minutos sem sofrer gol.

O Estudiantes não foi pressionado, porque seu meio-campo não deixou. Nada passava.

Os homens de vermelho e branco montaram um eficiente cordão à frente de Ramires e seus companheiros, impedindo que Kléber e Welington Paulista recebessem algum bom passe. Welington, aliás, caía, caía e caía.

Enquanto Verón comandava todo o gramado com gritos, gestos, faltas e passes.

Hoje, o menino Sebástian devolve ao pai a taça que seu velho conquistou em 68-69-70. Trinta e nove anos depois, o jogador milionário e valorizado na europa, vive agora uma festa regional e tradicional de sua terra (Título Libertadores), aos olhos do pai certamente orgulhoso de ter um filho assim.

Terça-feira Estranha

Romário está detido em uma delegacia por dever 89 mil reais referentes à pensões não pagas para sua ex-mulher D. Mônica. O Baixinho tá preso, é isso mesmo.

O Vasco venceu fora de casa por 2 x 0 e com um a menos desde o comecinho da partida.

E Galvão Bueno conseguiu ser bagunçado pelo Nelsinho, que desmentiu o narrador na versão da demissão do piloto. O "te vejo na Hungria, meu bom" foi dos melhores motivos para rir hoje.

Porque sorri mesmo foi com esse comercial da Nike, de inteligência e sensibilidade superior à Mônica, Dorival Jr, Piquezinho e Galvão:

http://www.youtube.com/watch?v=dBxcunGc_nA&feature=related

SuperTécnicos

Era o nome do programa em que Milton Neves recebia os comandantes dos principais clubes do Brasil para falar fofocar, rir e, aos poucos, transformar estes treineiros em cientistas-magos da bola.

Muitos dos senhores que iam de terno e gravata ao estúdio da Bandeirantes no começo desta década, hoje estão sem time. Dizem que estudam propostas com calma, especulam procurar o "projeto" perfeito em uma estrutura que lhes dê condições, mas todos estes clichês me parecem maquiar uma nova era do futebol brasileiro.

Não há mais grana pra esses caras. Ou pelo menos toda essa fortuna muito bem recebida por eles.

O consagrado Wanderley Luxemburgo pede aproximadamente um milhão de reais a cada 4 semanas para "cuidar de todo o futebol do clube", levando médico e toda a comissão técnica para o o time rico que lhe paga.

Muricy, coitado, foi campeão dos três últimos campeonatos brasileiros e achou que merecia ganhar em vez de 400, 500 mil no Palmeiras. O presidente Beluzzo, enquanto negociava, também comemorava as vitórias do silencioso e muito barato Jorginho no comando do Verdão. Como bom economista que é, o chefe do Palmeiras já pensa em efetivar o até então interino.

Celso Barros, Horcades e companhia devem ter conversado entre eles em algum almoço, janta, coquetel, chope, ou festinha:

- O Palmeiras dá mole. Se fosse a gente, o Jorginho já tava contratado faz tempo! Paulista é otário mesmo...

E no afã dos fatos e exemplos, não é que o Flu desempregou o Parreira e efetivou o tal de Vinícius Eutrópio?! Nada contra o profissional Vinícius, mas é que... sei lá. Xapralá.

Não, não... a novelinha entre os técnicos ainda não terminou. Vágner Mancini, que conseguiu colocar esse time todo irregular do Santos na final do Paulistão, também foi demitido depois da surra de seis que levou do Vitória.

Muricy, Luxa, Parreira, Mancini... Tite, que ganha mais de 300 mil no Inter pode ser o próximo "supertécnico" superado pela matemática envolvendo salário-resultado, custo & benefício.

Imagino o João Saldanha e o Gentil Cardoso em algum bar no inferno rindo disso tudo entre goles e goles de cachaça:

João: - Pra que essa marra toda desses caras? Terno no gramado?

Gentil (ajeitando sua boina): - Parece que lá embaixo, esse negócio de Igreja Evangélica tomou conta de tudo. A moda entre esses caras é terno mesmo, só não vi bíblia debaixo dos braços de ninguém...

João: Não, Gentil. Eles se acham Deuses, não precisam de bíblia. Pede mais uma rodada pra`quele capeta ali...

Impressões Embaralhadas da Rodada

- No primeiro tempo, mesmo fora de casa e contra o São Paulo, o Flamengo foi assustadoramente dominante. Mesmo com um Adriano pesando mais de 100 quilos.

- Tite já deve ter trocado scraps ou mensagens de celular com dirigentes de Fluminense e Palmeiras, porque sabe do seu fim no Inter.

- O Fluminense, aliás, perdeu para o Santo André no Rio. Em outros tempos, era caso de demissão, de polícia, sei lá.

- Jorginho deveria ser efetivado. Somos dependentes e fiéis dessa figura salvadora do grande técnico. Inventamos que Muricy, Luxa e Felipão estão em um patamar bíblico e justificamos, assim, os salários de idade superior a meio milhão de reais por mês desses senhores.

- Não citei o Mano Menezes de propósito. Uma derrota de 3 x 0, seja lá qual for a circunstância, é sempre saudável ao ego de um time badalado.

- Adriano quase arrancou a camisa de Renato Silva, mas não deixou de fazer uma bela jogada no pênalti que sofreu, coverteu e não comemorou. Respeito à torcida do São Paulo? Tá de sacanagem...

- O Atlético Mineiro não é conterrâneo de Gamarra, Arce e companhia. O time é certinho e já mostrou que não dá mole em partidas com a obrigação quase que oficial de vencer.

- Ninguém marca melhor do que o Willians do Flamengo, hoje, no futebol brasileiro.

- O São Paulo é um misto de caricatura do que já foi com o rascunho que pretende ser. Marlos é o melhor do time, Hernanes quase acerta tudo que tenta, e Ricardo Gomes aproveita a má fase para atuar como professor Pardal: Jorge Wágner e Eduardo Costa não podem ser reservas desse time.

- Atenção ao Vitória de Carpegiani.

- Quem pesa mais? Adriano ou Ronaldo?

Sorriso em preto e branco

Não é verdade que cada vitória signifique um título para o Botafogo. Menos, menos...

Mas fica evidente no sorriso do alvinegro, que a conquista dos três pontos contra o Avaí em Floripa reascende uma chama apagada no Brasileirão de 2007, quando o time de Cuca perdeu para o São Paulo de Muricy em casa por 2 x 0, escapou das mãos a liderança e de lá pra cá nunca mais vislubrou nada para a competição nacional.

Superar o Avaí, foi como lembar que existem times muito fracos nessa série A, além, é claro, de perceber um time com mais cara de time na presença de um atacante como André Lima.

Lúcio Flávio fez sua primeira boa partida depois da segunda volta pelo fogão. Já Reinaldo, só entrou em campo.

Agora é torcer para o Jonatas ainda querer ser jogador de futebol e entrar na vaga do Renato.

O Botafogo não cai.

Carioquinhas

Botafogo

Pode ser feio, fraquinho e sem graça. Mas sabemos todos muito bem que esse Botafogo não é pra penúltima colocação. Poderíamos ter vencido no mínimo contra Corinthians, Santo André, Sport e o Galo ontem, por que não?!

Os especialialistas da TV dizem que ao Botafogo falta um atacante. Discordo.

Gols o time do Ney acaba fazendo nas faltas do Juninho e nos lampejos do Victor Simões. O grande problema é a defesa.

A começar pelo mesmo Juninho, péssimo na marcação, estático na bola aérea e perdido na cobertura. Como sua presença em campo é imprenscindível para o Fogo, poderiam testá-lo como primeiro volante.

Ainda na defesa, não temos goleiro. Entre um garotão nervoso (Renan) e um baixinho fanfarrão (Castilllo), a diretoria alvinegra deveria escolher a terceira opção: Contratar.

No ataque,esperaremos o fim da suspensão do ídolo Dodô e aproveitaremos uns últimos golaços da carreira do craque.

Botafogo não cai.


Flamengo

As últimas atuações do Flamengo mostram que a força do seu elenco não pode ser desprezada nesse Brasileirão. O time do Cuca, até sem o Ibson, é um dos favoritos ao título.

Pois mesmo quando Léo Moura, Juan, Kléberson, Adriano e cia não estão no melhor dos dias, um deles acha um lançamento, um chute... um gol.

Até o Émerson, que ainda acho fraco, está fazendo seus golzinhos. Nada, é claro, que apague as saudades da torcida rubro-negra por Obina, agora artilheiro e folclore também em São Paulo.


Vasco

O Problema é que o Vasco deixou escorregar umas três vitórias que farão falta lá na frente. Alguns dirão que o time precisa de um armador junto com o Carlos Alberto, outros tem certeza que o time não melhora enquanto o Aloísio não estrear, mas é melhor engolir o choro.

O Vasco é esse aí mesmo, tem time pra subir e precisa parar de dar mole. Não pode ficar na oitava colocação em um campeonato que tem na liderança o Guarani.

Vasco sobe.


Fluminense

Já deu pro Horcades, né?!

Assistindo hoje à apresentação do Cristiano Ronaldo no Real, lembrei da recepção do presidente tricolor ao Fábio, ou melhor, Fred. Piada.

A impressão que nos dá é a de um time com um dinheiro sem fim e uma desorganização idem. Um clube que paga 280 mil por mês ao Leandro Amaral e ao mesmo tempo não dá moral aos valiosos garotos de Xerém.

O Fluminense atual é um remendo do que quase deu certo, costurado às novidades que já sabemos que deram errado.

Final

Inter vence. Por 2 x 1. Corinthians campeão da Copa do Brasil.

Copa das Condecorações

"O Brasil é campeão da Copa das Confederações! Os jogadores se abraçam emocionados. Lúcio, o capitão guerreiro e herói chora e bate no peito! Você pode, Lúcio! Você merece! O Brasil mostra a força do seu futebol, é Campeão, é campeão!"

Da Copa das Confederações, lembremos sempre.

Uma competição de pompa inversamente proporcional a qualidade dentro de campo. Brasil, Itália e Espanha jogaram contra Madureiras e Ipatingas do futebol mundial.

Desta vez, tivemos nosso Joel Santana que chamou a atencão de todos ao inventar um idioma e fazer suas caras e bocas para a TV. Em campo, a velha retranca conhecida pelo público carioca.

É claro que Dunga não tem nada a ver com isso. Aproveitou para garantir seu lugar na Copa, e melhorar um pouco sua imagem ao colocar Ramires no lugar de Elano. Mas nosso técnico continua cabeça dura.

Robinho é intocável e se parece cada vez mais com Ronaldinho Gaúcho: cai pelo lado esquerdo do gramado, rebola e dá um passe de efeito pra alguém pelo meio. A paciência que Dunga teve com Ramires e Felipe Melo, não tem com Pato e Nilmar.

Lá atrás, seria mais sincero colocar um zagueiro com a camisa 6. Nosso lateral-esquerdo seja Kléber, seja André Santos, é um mero defensor. Por isso que Dunga acha maneiro demais colocar Daniel Alves na vaga do seu meia-dúzia. Muda o jogo.

E vamos ao maior escândalo do país, depois das últimas do Sarney: GILBERTO SILVA, TITULAR DA SELEÇÃO BRASILEIRA.

Além de futebol, Gilberto também não possui mais condições físicas para jogar 90 minutos. Ou melhor, não consegue fazer bem nenhum minuto de partida. A lentidão nos movimentos, os erros nos passes fáceis e o expressão sempre assustada revela o lado negro da seleção brasileira. Mas Dunga tem os resultados debaixo do braço, vamos engolir.

Na conversa entre amigos, cada um falava o que achava errado na seleção. Pedi por Nilmar, um outro pediu mais um armador no meio, todos falaram mal de André Santos, até que alguém de boa escolaridade, inteligente e sem problemas psicológicos, disparou:

- Eu não mudaria nada, confio no Dunga. O cara só ganha!

Leandrinho nos Rockets?

Leandrinho está acertando sua transferência para Houston, onde deverá jogar com Yao e Artest. Sem contar o colega Amare Stoudemire, que está combinando com o brasileiro essa ida à Capital do Petróleo nos EUA.

Pois os chefões do Phoenix Suns já não contam com Shaq, agora candidato a melhor amigo do Varejão no Cleveland.

De acordo com o colunista do New York Post, Peter Vecsey, Stoudemire e Leandro seriam trocados por Tracy Mcgrady.

Leandrinho por telefone, dá pistas de que Vecsey pode estar certo: "Acho que vou pro Houston, eu e o Amare."

Mudança, se confirmada, boa para o brasileiro, que jogará em um time competitivo e de tradição.

A Espanha pelo Bar Depósito

Nos meus tempos de Marquês de São Vicente, conheci uma rapaziada incrível no balcão do famoso Bar Depósito, reduto de bêbados, trabalhadores, estudantes e principalmente estudiosos do futebol.

Nos jogos da Champions League era possível ouvir análises táticas perfeitas sobre o Chelsea, críticas ao meio-campo da Internazionale, resmungos no estilo do Mourinho e por aí vai.

Lembro da galera justamente depois de acompanhar a derrocada Espanhola em mais um vexame, dessa vez para os Estados Unidos. Imagino a reação da turma no balcão no apito final:

- Isso é uma merda! Nunca ganhou porra nenhuma! Quando que a Espanha incomodou? Aquele campeonato na Europa até a Grécia ganhou! Eu vejo futebol há 40 anos e vem esses caras falarem que é a melhor seleção do mundo? Cês tão de sacanagem! O Flamengo vence essa merda! Quem é melhor, na boa, Adriano ou Fernando Torres? E esse Xavi é um Ibson piorado!

E enquanto isso, um colega de trabalho que ainda torce realmente pra seleção brasileira declara:

- Camilo, agora tô torcendo pro Brasil perder pro Joel e fazer o terceiro-e-quarto com a Espanha. Seria a final-lado-b da competição. Não me interessa golear de novo os Estados Unidos.

Pois pensei em responder como no Bar Depósito certamente gritaram:

... Esquece isso, a Espanha é uma merda! Não ganha nunca!

Eu não vou negar que sou louco...

A discussão no trabalho era se faríamos uma matéria sobre Ramires, Kaká ou Luís Fabiano para esta terça (21/06).

Ramires seria o símbolo de um Brasil que agora vence seus adversários por 3x0, é rápido no meio-campo e marca sem deixar de criar chances de gol.

Já Luís Fabiano é o dono da camisa 9. Seria o Fabuloso um sucessor de craques como Careca, Romário e Ronaldo? O atacante não é dos mais badalados jogadores da seleção, não atua em um grande clube europeu, mas sua média de gols é assustadora.

E Kaká valeria uma matéria para discutirmos se o camisa 10 é o melhor jogador da Copa das Confederações. Quando todos olham para os atletas da vedete Espanha, é Kaká quem carrega o Brasil em ótimas atuação na competição.

Pois no meio do bate papo, pensei nas arrancadas ingênuas de Laio, nos frangos de Renan, nos dribles irresponsáveis de Eduardo, nos erros de Victor Simões e na contusão eterna de Reinaldo. Saí da roda de conversa com a cabeça somente no Botafogo.

Porque nada supera em importância o amor e intimidade que cada um tem com seu time.

O Cara deu um Jeito

Não é a seleção que eu gostaria. A maneira de jogar passa longe do gosto popular. Nem a tal da imprensa especializada aprova. Mas, cá pra nós, ao pé do ouvido, bem baixinho, não tem ninguém olhando, olha pra mim:



O Dunga acabou encontrando um time pra jogar a Copa do Mundo.



E mais do que os resultados, podemos olhar para a evolução de cada jogador, e o sistema seguro com o qual o Brasil atua.

Tirando um lateral-esquerdo (André Santos não colou), a defesa está arrumadinha, carimbada e aprovada por qualquer balcão de boteco.





No meio, Ramires não precisou jogar bem para mostrar à todos sua importância para uma saída rápida pelo setor. Pois Felipe Melo ganhou confiança e esbanja passes de trivela para seu colega Gilberto Silva, este sim, fraco até quando vai bem. E sobre Kaká, o jornalista Marcelo Porto definiu:





"o cara joga futebol do primeiro ao último minuto, sem fanfarra." (e como joga)




No ataque é aquilo mesmo, Luís Fabiano maduro, cascudo e sempre matador. Robinho em fase fominha, mas é bola.


Ao lado do técnico, sentados, Júlio Batista, Pato e Daniel Alves olham pro campo já de chuteiras amarradas, prontos para manterem um nível forte, consistente e SEGURO.

Gostaria muito de ver jogadores como Alex, Nilmar e Diego, além de um sistema mais brasileiro, mais ofensivo, mas temos que engolir os resultados do professor Dunga.

Ronaldo não me desmente

A cena é comovente: Ronaldo arranca pela direita, bufando, suado, exausto, e seguido pelo veterano índio, também pesado, também no fim.

O camisa 9 levanta a cabeça, olha, dá o corte óbvio e de esquerda faz o que escrevi ontem por aqui.

Acertei no "gol rasteiro" de Ronaldo, mas errei feio no placar.

O Inter não perdeu para o Corinthians por 2 x 0 pelas ausências de Nilmar, D´Alessandro, Bolívar e Kléber.

Perdeu porque deu mole, no ataque e na defesa.

As inúmeras oportunidades coloradas foram finalizadas sem o mesmo capricho que Jorge Henrique e o Gordo tiveram do lado corintiano.

Em Porto Alegre, com um Inter completinho, a história é outra.

Mas Andres Sanchez e sua turma certamente já reservaram o chope pra Fiel.

Dunga passou a ser um grande técnico. Coerente, sério, inteligente, justo, atento.

Pois o Brasil não fez nada demais contra o horroroso time dos Estados Unidos. Nem as estreias tão festejadas foram bem.

André Santos errou cruzamentos e passes, além da timidez no apoio. Se for pra não subir ao ataque, fiquemos com Kléber mesmo.

E Ramires, jogador que mucho me gusta, se salvou apenas pela arrancada olímpica do segundo gol. Porque o fato de Ramires ser mais rápido que Elano, isso até a Beta90 ao meu lado sabe, mas o problema é que o neguinho do Cruzeiro não foi bem.

Tropeçou em si mesmo na falta que originou o primeiro gol, errou passes e deixou de dominar várias bolas fáceis. Nervoso e afobado, o que é natural.

Miranda, protegido pela trinca perdigueira do meio, pouco trabalhou e Maicon realmente foi muito bem.

Bem em uma partida que pôde ser um livre ponta-direita, e lembremos: foi contra os Estados Unidos.

Copa das Confederações? do Brasil...

Se tem um torneiozinho que o Da Arquiba dá importância é essa Copa do Brasil. Por isso, uma passada rápida e rasteira por aqui, assim como o gol que Ronaldo deve fazer logo mais.

Porque se o Corinthians não vencer hoje, esqueçam. O Inter leva em Porto Alegre.

O Colorado chegou a São Paulo sem Nilmar, Kléber e D´Alessandro machucado.

Já o Corinthians sofre um pouco com a ausência do lateral André Santos, mas tem o Gordo, que mesmo gripado, é sempre Ronaldo.

Chega de clichês e vamos aos palpites: Prevejo 1 x 1 em um massacre do time de Mano.

Aliás, interessante o confronto entre os técnicos, ambos gaúchos.

O prolixo e pseudo-intelecutal da bola x O homem sério, grosso e boleiro

O primeiro tem um time melhor.

Frases (mal) Feitas

A publicação de hoje é uma homenagem aos comentaristas de futebol do nosso país.

Nos canais ditos especializados, a maioria não sabe o que é uma bola, nunca acompanhou um jogo da arquiba e nem desconfia como é uma conversa de vestiário entre os jogadores.

O Da Arquiba separou 5 frases exaustivamente repetidas nas transmisões:

1 - Falta um homem de criação, a bola não tá chegando.

O raciocínio é obrigatório quando o time não joga bem. Se há apenas um meia ofensivo, o comentarista pede mais um, e se dois armadores já estão em campo, estes são criticados e responsabilizados diretamente pelo insucesso da equipe.

Mas e os laterais que não apoiam? E os atacantes que não conseguem dominar a bola?

Enfim...

2 - O atacante tal é bom porque é forte, pode fazer a "parede" e atuar como uma referência lá na frente, prendendo os zagueiros.

Tratam o futebol como o basquete, em que é necessária a presença de um pivô. A escalação de um centroavante mais pesado só é justificável se esse souber usar bem o corpo, girar com desenvoltura, cabecear com eficiência e claro, fazer gols.

Esse papo de prender os zagueiros é conversa fiada. Zagueiro adversário tem é que ficar perdido com a movimentação dos atacantes e não estáticos, presos.

E quem faz a parede é pintor.

3 - Falta vontade ao time.

Então quer dizer que o camarada fica na cabine de TV, ar condicionado, água gelada, monitor com replay e ainda acusa o jogador em campo de vagabundo?! Vagabundo sim...

O atleta é pago para jogar, treina todos os dias (Adriano, ok, tudo bem...), corre por mais de 90 minutos e é acusado de falta de vontade?

Eu nunca vi um comentarista falar na cara de um profissional da bola: "acho que faltou vontade sua em campo hoje"




4 - O jogador não teve a intenção, o braço estava esticado, mas a regra diz que vale a interpretação do árbitro.

O comentarista de arbitragem (que bela função essa hein...) atua como um psicólogo, ou melhor, um para-psicólogo. Porque quando dizem que "O jogador não teve a intenção", esses Arnaldos e Marsillas entram na cabeça do cara e adivinham seu pensamento.

Muito mais fácil é na pelada, em que a regra lá sim é bem clara: tocou no braço ou na mão, é falta.

5 - O gramado ruim e molhado favorece o time de pior qualidade técnica.

Essa aí virou verdade catalogada em qualquer livro ou almanaque sobre futebol. Como se nossos craques fossem criados em grandes e luxuosos centros de treinamento, belos gramados e estádios.

Nada disso. O bom de bola se vira em qualquer situação, até porque o gramado ruim é sempre para os dois lados.

E como repetem essa expressão "qualidade técnica"...

Dunga na liderança

Qualquer gaiato um pouco mais conhecido de futebol sabia que essa peleja contra o Paraguai seria difícil.

Seleção ainda com uma boa linhagem de zagueiros, o Paraguai conta também com o incansável gordinho Cabañas, responsável pelo gol do seu time e um drible sensacional no nosso Juan.

Depois do 1 x 0 paraguaio, mostramos nossas limitações pelos pés de Gilberto Silva, Elano e Felipe Mello, este autor de lances inacreditáveis. O Brasil mais uma vez não conseguia jogar contra uma populosa e agressiva defesa.

Muito agressiva, diga-se.

Kaká e Nilmar foram surrados durante toda a partida, e o figurão Oscar Ruiz distribuía apenas cartões amarelos.

Aliás, o atacante colorado não foi bem quando enfiado entre os duzentos zagueiros adversários, apesar da sorte no gol da vitória.

Três pontos no bolso do Dunga, liderança nas eliminatórias, sorrisos, abraços e novamente um futebol bem mais ou menos dentro de casa.

Nilmar ou Pato?

É a discussão que movimenta a mesa de bar, a hora do recreio e a resenha do cafezinho por todo o Brasil.

Fico imaginando como deve estar no Sul, onde os dois mostraram que tem bola, talento, velocidade e etc.

São muitas semelhanças, a começar pela origem, o Internacional.

Também se unem pela arrancada vertical, os dribles, o raciocínio rápido, os gols e principalmente esse misto de centroavante com ponta-de-lança.

Apesar do menino Pato já ter arrebentado no Milan, Nilmar me parece mais maduro, mais jogador.

Se o atacante colorado já é campeão brasileiro com passagem pelo Lyon, duas graves contusões e 24 anos, o garoto Pato só terá essa idade na Copa de 2014. Está ainda começando uma história.

Garantido em campo logo mais contra o Paraguai pelas eliminatórias da Copa, o fanfarrão Robinho prefere ter o atacante do Inter ao seu lado, que se não finaliza tão bem como seu concorrente, é mais veloz.

Mas pudera, ninguém corre mais que o Nilmar. E ninguém é mais conservador que o Dunga, incapaz de escalar essa dupla infernal.

Flamengo, Botafogo, Seleção...

Tem coisas que não acontecem só com o Botafogo. Taí o Mengão de vocês pra provar.

Depois do segundo gol do Fla, me desanimei com a defesa do Sport e a facilidade que o fraco Émerson tinha para fazer gols. Era a senha pra pegar a mochila e a estrada, voltar pro Rio.

E Wéldon não esperou nem chegarmos a BR-101 para fazer um monte de gols e virar o jogo com sobras. Falamos ao mesmo tempo no carro: "O Cuca é muito azarado."

O Botafogo também. Jogou um pouco melhor que o Flu, perdeu seus golzinhos e no final, o castigo cruel de Fred.

Apesar da derrota e da péssima pontuação na tabela, o alvinegro terá dias melhores.

O lateral-esquerdo Michel chega pra dar uma arrumada na posição e o atacante argentino Damian Diaz já vem magro, ao contrário dos fugidos Escalada e Zárate.

Já acho que não cai.

A seleção meteu 4 nos uruguaios lá no Maraca deles, mas a repercussão por aqui foi de um Botafogo x Madureira em Conselheiro Galvão.

Porque ninguém mais é seleção brasileira.

Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano: Nenhum deles foi por partida alguma em suas vidas o melhor em campo.

Uma seleção que não toma gol por ter uma boa dupla de beques e uma trinca perdigueira à sua frente. Aos lados, laterais proibidos de apoiar e lá atrás, um goleiro meio super-homem.

O brasileiro que mais joga bola atualmente ficou no banco, até quando o Brasil vencia por 4 x 0.

Dunga preferiu pôr Josué no lugar de Robinho. Sei lá, vai que o Uruguai reage...

Lá vem o Fogão, descendo a ladeira...

O Botafogo de hoje não motiva maiores comentários.

Nem os rumores de necessárias contratações se ouve falar. Reinaldo machucado eternamente, Victor Simões não desencanta, Os goleiros se revezam. Pois imaginem os jogadores de linha.



No comando, um mineirinho perdido, mas sempre com cara de sério, seguindo seus matras de "seriedade, planejamento" e principalmente "tranquilidade".



Calmamente, o alvinegro trilha seu caminho rumo ao lado B do futebol brasileiro.



O Botafogo deve perder pro Flu neste domingo.



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Foi duro postar no Blog esta semana, mas a partir de segunda voltamos ao normal.

Não Vi

Poderia aqui inventar análises, criar projeções e criticar/exaltar algum time que jogou as semifinais de ontem pela Copa do Brasil.


O problema é que nâo vi nada, só sei dos placares.


E por eles, fiquei feliz com o Vasco, guerreiro, e decepcionado com o Inter, que deve ter jogado com a papelada do regulamento debaixo do braço do Tite.


Mas isso já é uma cornetada de quem só viu os resultados.


Como foram os jogos?

Imperador, Obina, Inter e Botafogo

Mesmo acima do peso, Adriano não precisa emagrecer. E o ritmo dele é aquele mesmo: abriu, chuta; cruzou certo, cabeçada certeira.

Claro que esse Atlético Paranaense não é termômetro para nenhum diagnóstico, mas a estreia do Imperador me lembrou aquele bordão do Casseta & Planeta, "Seus problemas acabaram".

Porque o Flamengo de Cuca chega bem a área adversária e agora tem o cara pra empurrar às redes, como mostrou o segundo gol rubro-negro ontem no Maracanã.

A posição de centroavante me parece tão peculiar, que a considero quase como uma outra profissão. Já pararam pra pensar as diversas figuraças que marcaram seus nomes como artilheiros no futebol brasileiro?

Dadá, Dimba, Serginho Chulapa, Túlio Maravilha, Obina...

Marcou seu nome, sim.

Talvez por isso esteja chovendo desse jeito hoje: Obina fez um gol.

Tudo que não fez em seis meses no Flamengo neste ano, o novo atacante do Palmeiras conseguiu aos 11 minutos de jogo contra o Barueri: Dominou, ajeitou com a canela e fuzilou. Um tiro raso, no canto do goleiro Renê.

É a volta daquele sorriso infantil e sincero.

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A tensão ainda é silenciosa, mas a imprensa paulista já se preocupa com a facilidade encontrada pelo Inter neste comecinho de campeonato.

Não é nada, não é nada, já são 12 pontos somados sem muito esforço... sem o time titular, este preocupado com a missão de classificar o colorado pra Libertadores 2010.

A verdade é que este Inter reserva passou por cima do Palmeiras, venceu o Goiás no Serra Dourada, superou o Corinthians também reserva no Pacaembu e ontem passou em casa pelo Avaí.

Sem goleadas, mas com sobras, no piloto-automático.

Ou melhor, pilotos. Estes aspirantes, mas muito talentosos. Talles Cunha, Giuliano e Danny Morais ainda renderão muitos euros aos cofres vermelhos.

No Botafogo, as manchetes do globoesporte.com sintetizam o péssimo momento e o futuro tenebroso que se desenha:

'Todos serão cobrados pelos maus resultados', avisa vice

Nery Franco terá conversa séria com Jogadores

E a pior:

Laio ganha moral

Modernidade

Em pouquinho tempo, esse nosso futebol mudou muito.

Hoje, empresários se reúnem e decidem: "Vamos apostar no time tal!"

Em 2009, escolheram o Inter pela excelente organização e relação com sua torcida. O colorado pode ter Ibson e já possui Bolaños.

O time do povo do Rio Grande do Sul se transformou, além de um timaço, em uma bela vitrine para a revenda desses caras todos.

E com 23 anos de idade, já me acho um velho quando lembro daquelas contratações da década de 90 envolvendo Túlio, Valdir, Ézio, Sérgio Manoel, Caíco...

Primeiro Round Previsível

Nenhuma surpresa nos resultados desta quarta.

*O Vasco vacilou, mas conseguiu buscar o empate e mesmo com o mau resultado, ainda tem chances de vencer esse time comum do Corinthians.

*O Cruzeiro, apesar da vitória que ratificou a boa fase, sofreu o gol proibido. Aquele que vale mais. Talvez por isso, um Muricy de expressão confiante e nem tão mal humorado na coletiva após a partida.

*Na terra do Chavez, o empate com gols só faz o Grêmio ainda mais favorito no duelo contra o Caracas.

Mas isso tudo é de orelhada, falemos mesmo do que eu assisti, Inter x Coritiba.

Ontem, os jogadores do Coxa devem ter assistido a Magic x Cavaliers pelo playoff da NBA. Uma das partidas de basquete mais violentas que eu já vi. O pau comeu, e no Beira-Rio não foi diferente.

Nilmar, claro, foi a maior vítima da tropa paranaense e saiu de campo machucado nas costas. Sim, parece que foi sério e já preocupa a comissão técnica da seleção brasileira.

Antes de sua saída forçada, aos 21', o craque colorado achou um espacinho para deixar Taison de frente pro gol e empatar o placar, que Marcos Aurélio abrira a favor do Cortiba minutos antes.

No segundo tempo, o Inter sem Guiñazu e Nilmar esfregou toda sua superioridade na cara do adversário. O reserva Alecssandro virou o jogo, depois de festinha promovida por Taison na grande área inimiga; e Andrezinho, o mito!, fechou a conta com gol de craque: Alecssandro deu passe estiloso para o ex-Flamengo dominar no peito e colocar no canto.

Não, Andrezinho não é craque.

Mas como o Inter é melhor com ele e D`Alessandro juntos no meio-campo! Pois já que os laterais apenas defendem, não há porque três volantes.

O Tite não merece o time que tem.

Mais uma Quarta-Quente

Carlos Alberto fará mais falta que Ronaldo. E não porque Souza é um substituto melhor do que Jéfferson.

O camisa 10 da Colina é fonte de criatividade, combate, vontade e iniciativa do Vasco, que sim, sim.. acho um pouco dependente do Casalberto.

Até porque o Corinthians tem mais time que o Flu e Ronaldo não marca há algumas partidas. Basta olhar a consistente espinha dorsal formada por Douglas, André Santos, Chicão, Elias e, vá, lá, Jorge Henrique. Não choram tanto por Ronaldo.

O time de Mano Menezes nada tem de especial, mas é frio fora de casa, não vacila, e o principal: não deixa vacilar.

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Se o Inter não for excessivamente cauteloso nesta quarta, pode muito bem golear o discreto Coritiba de apenas 1 pontinho na tabela do Brasileirão. Sem Guiñazu, suspenso, Tite colocou o herói Andrezinho no meio, deixando assim o time mais ofensivo.

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Na frente, D`Alessandro, Nilmar e Taison carimbam o selo de qualidade da equipe mais badalada do país.

Como se não bastasse, o Coxa não terá o bonitinho Marcelinho Paraíba, principal figura dos paranaenses.

Palpite: Inter 2 x 0 Coritiba.

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No mineirão, tá mais pro Cruzeiro. Com Kléber e Ramires cheios de moral, vai ficar difícil pra rapaziada do Muricy nesse primeiro jogo.

Seria muito bom para o tricolor paulista achar um golzinho, mesmo que perca o jogo. Borges é um especialista em partidas do tipo. Garantia de jogão em BH.

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E na Venezuela, mesmo sem saber nada do Caracas, aposto em uma vitória do Grêmio. Paulo Autuori soube chegar, não inventou na escalação de sua estreia e deve fazer pequenos ajustes no time que já estava bem arrumado pelo interino.

Que vençam lá, porque o jogo de volta é sem o goleiro Victor.

Piada Velha

Nossa imprensa vive a ressaca do anúncio mais bizarro dos últimos tempos. Quando pensávamos que a contratação do Petkovic era uma coisa estranha, vem o Palmeiras, a Traffic, o Luxemburgo, sei lá!, pra contratar essa mistura de Fio Maravilha, Charles Baiano e Saci Pererê.

Em 2004, Obina surgiu muito bem no ataque do Vitória , onde fazia mais gols que o consagrado companheiro Edílson. Chamou a atenção dos demais times brasileiros e o Flamengo o contratou, vencendo uma espécie de leilão com o Inter, que também o queria.

O começo no Fla já denunciaria um jogador sempre acima do peso, mas com muita disposição e o sorriso fácil, que cativava a galera na arquiba. Os gols só foram aparecer com certa relevância no final daquele Brasileirão de 2005, quando o Flamengo era pule de dez na queda pra série B.

Não caiu, muito pela ajuda dos gols achados de Obina, que ganhou bandeiras, camisas, músicas e destaque na internet.

No ano seguinte, o gol decisivo contra o rival Vasco na final da Copa do Brasil só fortaleceu mais a estampa de novo xodó da Raça.

O problema era o futebol sempre irregular que não o deixava ser titular, mas ao mesmo tempo lhe dava o papel de salvador da pátria. Uma antítese na cabeça do torcedor flamenguista: Sabiam que não tinha bom futebol, sabiam também que seus chutes eram improváveis e sua entrada em campo mudava o humor da arquiba.

Obina acabou porque ficou três anos seguidos na reserva, acomodado com os mais de 100 mil reais por mês na conta.

O encanto se foi, a piada perdeu a graça, e o acarajé azedou.

Sua torcida - maior cabo eleitoral do Anjo Negro - se cansou das cavadas de falta, dos chutes errados, dos quilos a mais.

Tirando meu amigo Claudinho, todos os flamenguistas que eu conheço aplaudiram o empréstimo do mais novo alvo da turma do amendoim no Palestra Itália.

Inexplicável

Obina fechou com o Palmeiras até o fim do ano.

Aspas para o goleiro Marcos:

"É um centroavante de força, um grande jogador que vai nos ajudar bastante aqui."

Vai entender....

Ainda é cedo...

No segundo tempo de Grêmio x Botafogo, Herrera e Douglas Costa entraram no time gaúcho. Pelo lado alvinegro, Jean Coral e Wellington saíram do banco para tentar mudar o jogo no Botafogo. Opções que sintetizam a diferença entre as duas equipes.

O Botafogo levou dois como também poderia levar uns quatro, cinco, se não fosse o dia ruim dos avantes gremistas. Máxi Lopes e Jonas se atrapalhavam com a imensa facilidade em chegar ao gol de Castillo.

Chegou por receber com açucar, com afeto, presente de Leandro Guerreiro. Jonas agradeceu e fez de bico o primeiro.

O segundo do time do debutante Paulo Autuori foi mais fácil que driblar o Fahel: o menino Douglas Costa partiu pela esquerda, lançou Máxi Lopes, que ajeitou de calcanhar. Fábio Santos, no embalo, só empurrou pra rede.

Ouço há meses que o Flamengo não tem ataque, e até concordo. Mas e o Botafogo? Ontem jogaram Toni, Jean Coral, Diego e Victor Simões.

O Flamengo jogou bem mais uma vez . Não pelo dia iluminado do pereba Josiel, mas o fato é que o time de Cuca é uma máquina de criar oportunidades de gol. Mesmo com dois volantes na armação, o Fla avança.

Ontem, como bem percebeu André Rizek na transmissão do Sportv, os suplentes Éverton e Éverton Silva chegavam mais à linha de fundo que as estrelas Juan e Léo Moura. Na proteção à zaga, Toró e Wilians faziam o possível. Na frente, Josiel resolveu.

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E o Internacional? Sem Nilmar, e com um time de muitos reservas, venceu a terceira seguida!

Ainda é cedo, a janela européia ainda vai se abrir, outros times se reforçarão, mas fica meio óbvio que o Inter é o grande favorito ao título. Mesmo sem Nilmar, provavelmente longe do Beira-Rio após a Copa das Confederações.

Que hora, hein...

Nilmar, Ramires, André Santos e Victor.

Por que só agora, Dunga?

Das duas, uma:

- Jogou pra galera, tentando melhorar sua imagem com o torcedor brasileiro. Um fracasso na Copa das Confederações levaria imediatamente à questão da não-convocação desses jogadores.

OU

- Ricardo Teixeira interferiu na convocação.

Nilmar provavelmente fez sua última partida pelo Inter nesta quarta que passou. Classificação, convocação, treinos pela seleção... A exposição é muito grande, deve se mandar pra Europa.

No caso de Ramires já é oficial. É do Benfica, com grana transferida e recibo carimbado.

E os torcedores de Inter e Cruzeiro - órfãos de seus melhores jogadores - perguntam ao Dunga:

Por que só agora?

Merecido

Aquela pressão no começo do jogo, prometida pelos colorados, não aconteceu graças à postura digna, combativa e até ofensiva do Flamengo no primeiro tempo desse jogão no Beira-Rio.

Kléberson e Ibson faziam grande partida, assim como Guiñazu, que vale por dois. Uma verdadeira guerra por espaços no grande círculo do gramado.

Nilmar sofria com os passes errados de Taison e D'Alessandro mais parecia um peão, girando e cansando Wilians e Toró.

E vamos ao episódio que sintetiza o que é o Juan, maior lateral da história do futebol, talvez do esporte, superando Michael Jordan e Manoel Tobias:

Recebeu o passe na meia cancha, e com toda sua arrogância, tocou devagar para o coleguinha Aírton, que estava longe. Perto estava Nilmar e ao contrário do passe, o camisa 9 do vermelho é rápido para surgir na direção da bola, subtrair o zagueiro da jogada, levantar a cabeça e achar Taison na área. Juan, ainda seguro de si, voltava, mas parece que seu objetivo era apenas assistir o jovem atacante do Inter escorar o cruzamento e fazer 1 x 0. Não houve combate, apenas o reconhecimento do erro ao fim da partida:

"O Flamengo não se classificou porque eu errei o passe."

Nem tanto, garoto.

Porque em um segundo tempo totalmente favorável ao Inter, o ditadinho do "quem não faz, leva" funcionou direitinho à favor do time do Cuca. Enfiada esperta para Kléberson, cruzamento de prima para Émerson, arremate idem. Simples e mortal. O Flamengo ia se classificando e Juan escapando do fardo de vilão.

Tite colocou seu time para pressionar o Fla com Alecssandro no lugar do reserva Danilo e Gleydson na vaga do esgotado Rosinei.

Pois bolas já choviam torrencialmente na área rubro-negra, quando aos 41' o comandante do Inter pôs Andrezinho.

"É falta na entrada da área, adivinha quem vai bater..." Não, D'Alessandro não. O Argentino já havia errado duas, era a hora do Andrezinho, cria da Gávea.

Correu, bateu e um abraço. Bruno só se mexeu pra reclamar da barreira, que pouco se mexeu na cobrança do principal reserva colorado.

Nada mais relativo do que o termo "justiça" no futebol, mas realmente venceu o melhor time. Com um goleiro regular e discreto, uma defesa sólida, um Guiñazu avassalador, um armador brilhante e um ataque rápido, cirúrgico; bonito de ver.

Ao Flamengo, resta ter calma para analisar algumas certezas depois da derrota.

Angelim precisa de um companheiro do seu nível. O ataque não existe. Obina não é mais um jogador profissional. E o time é bom.

Jogar de igual pra igual com esse Inter não é pra qualquer um. Coitado do Coritiba...

Medalhão Sérvio em Quarta Quente

Petkovic está de volta ao Flamengo. Com 36 anos, o sérvio assinou contrato até o meio de 2010 e aproveitou para reconversar uma dívida de milhões de reais com o Fla.

Uma contratação que indica o futuro rubro-negro em 2009. Provavelmente, Ibson e outros do meio-campo estão encaminhados para boas negociações e o setor precisaria de reforços.

Mas com 36 anos?

"O acordo foi bom para o clube. A caneta hoje está comigo e eu preciso resolver os problemas do Flamengo. Na hora que o treinador vai embora, o treinador não leva seu jogador junto" - Delair Dumbrosck.

Ah, sim. Pet quer um time da série A pra jogar e acabou renegociando o caminhão de dinheiro que o Flamengo lhe devia. Cuca é "apenas" o técnico do time, não tem nada a ver com isso, já que está de passagem como todos os técnicos no Flamengo.

Sempre fui um fã do futebol do Pet, que mandou bem também no Vasco e no Fluminense, mas o que o Flamengo menos precisava agora era de mais um medalhão no grupo. Bruno, Léo Moura, Juan, Ibson, Zé Roberto, Jonatas, Kléberson, Adriano.... e agora Petkovic?

No corredor do terceiro andar da globosat, o presidente do Corinthians Andrés Sanchez quase gritava, pra quem quisesse ouvir:

- Ronaldo voltou a sair! Está nas baladas, mas não importa, ele é diferente, tem mais velocidade de raciocínio do que os outros.

Neste domingo, no Engenhão, Ronaldo mostrou que realmente voltou a engordar, o que parece não incomodar a diretoria do Coringão.

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Um olho no peixe e o outro no gato. Maracanã e Beira-Rio. Dois jogos pra se ver de olhos abertos, em poltrona confortável, coca-cola gelada e companhia boleira.

Os times cariocas tentarão parar Nilmar, Ronaldo e suas torcidas.Tarefa complicadíssima.

Em Porto Alegre, o Flamengo precisa achar um gol no primeiro tempo e o Fluminense não pode se desesperar se este golzinho demorar no Maraca.

Colocando a Coca no gelo...

Do meu time de Botão

Juan Roman Riquelme x Juan Sebástian Verón. Quem é (foi) melhor?

Pois caso se confirme a classificação do Boca Jrs sobre o Defensor nesta quinta na Bombonera, Sebástian e Roman se encontrarão em duelo pelas quartas-de-final da Libertadores.

Dois dos meus preferidos. Representantes legítimos do melhor futebol argentino.

Riquelme encarna o camisa 10 clássico, e por isso algumas comparações injustas com Maradona. De toques rápidos e inteligentes, tem na cabeça toda a estratégia do time. Expressão sempre preocupada, tensa, é um incomodado por natureza. Riquelme quer controlar a bola, o jogo, os companheiros, seu marcador, seu técnico, sua torcida, o árbitro... E às vezes consegue.

Consegue muita coisa. Tricampeão de Libertadores, vestido do papel de protagonista em todas as conquistas. E poderia ter sorte melhor nessa Copa de 2006, quando a Argentina vencia por 1 x 0 a Alemanha e o técnico, um gênio, o tirou para a entrada de Cambiasso, que "marca mais" no meio-campo. A Alemanha empatou o jogo e venceu nos pênaltis. Roman, do banco, só viu.

Maior ídolo da história do Boca Juniors, conseguiu colocar sua torcida contra o Deus Maradona na polêmica mais recente envolvendo seu desligamento da seleção argentina. É uma espécie de Zico politicamente incorreto. Santidade no clube, azarado na seleção, gênio com a pelota nos pés.

Verón tem mais cheiro de meio-campo. Completo nos fundamentos de armação e marcação, enche um time com raça, técnica e vibração. Seu pé é uma arma para chutes indefensáveis e também régua que mede lançamentos inacreditáveis. Um líder com cara de mau.

Nunca me esqueço daquele Brasil x Argentina em 98, quando fui ao Maracanã ver Romário & Ronaldinho. Acabei por ver somente aquele careca da camisa 8 que parecia ter o alvará do Maraca debaixo do braço.

Foi destaque na Europa desfilando seu raro futebol na Inter de Milão, Parma, Lazio, Manchester e outros. Hoje, honra o apelido herdado pelo pai - La Bruja, também craque - jogando pelo time dele, o Estudiantes de la Plata.

Riquelme ou Verón? Torcer pra quem?